" O rio teve seu curso alterado, o terreno foi saneado e preparava-se o local do futuro jardim, que mais tarde ganharia fama em Curitiba. A residência Fontana viria a ser conhecida como Mansão das Rosas, demolida em 1974. Algumas fotos registram membros das famílias Leão e Fontana passeando de barco no trecho do Rio Belém que corria nos fundos do jardim."
Curitiba cresceu sobre inúmeros rios, córregos e charcos. Os numerosos cursos d'água não eram corretamente nomeados ou mapeados no passado, ( e ainda hoje) o que dificulta a identificação nas referências históricas.
Muitos foram canalizados na tentativa de conter enchentes, sanear os charcos e banhados, promover a higiene nas enlameadas ruas da cidade, conter epidemias de cólera e tifo.
Além disso a canalização dos rios Belém e Ivo, e a criação do Passeio Público numa região alagadiça da cidade promoveu seu status proporcionando aos moradores local de lazer, inclusive com passeios de barco.
No século XIX não havia sistema de abastecimento de água e a população se abastecia de água diretamente nas fontes advindas dos olhos d'água, chamadas "cariocas", que originaram chafarizes. As "cariocas" alimentavam carroças pipas, carregando dezenas de litros que os "aguadeiros" repassavam para a população ao custo de 100 reis.
O
primeiro chafariz, do Largo da Ponte ( Praça Zacarias), foi idealizado
por Antonio Rebouças. Este engenheiro também propôs um sistema de
tubulações para unir uma fonte a outra.
No inicio do século XX surgiram sistemas de encanamento mais elaborados para distribuição de água.
A coleta de esgoto era precária nesta época quando a maioria das casas tinha um sanitário no quintal ,"casinha", despejando os dejetos diretamente nas fossas livres e abertas. Antes da implementação de sistema sanitário estes dejetos eram captados por uma engenhoca de sucção idealizada por um morador da cidade. Chamava-se Castelhano mas ficou irremediavelmente alcunhado de "Chico Bosta" e seus auxiliares de bosteiros.
Referência: Síntese de trechos da adaptação de João Augusto Reque do livro Ruas e Histórias de Curitiba, Hoerner Junior
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