quarta-feira, 24 de março de 2021

Feedback - Corpo Docente

 


Avaliação da apresentação do Seminário para encerramento do ano letivo 2021, com atividades de Ensino a Distância. - 

Projeto "Rio da Meada' realizado pelas alunas Elisabeth Castro, Evely Fonseca, Fabíola Paterno  do primeiro ano do Curso de Artes Visuais, turno da manhã, da Unespar - Curitiba Paraná 

Em março de 2021.

                                                        Seminário Avaliativo

terça-feira, 23 de março de 2021

Mapa Artístico - Making Of

 


Houve uma pesquisa intensa procurando mapas on line para reproduzir caminhos dos cursos d'água que alimentam a Bacia do Rio Belém.

Resultado infrutífero, considerando que temos em torno de 400 córregos em Curitiba. Alguém já citou que "Curitiba é uma cidade úmida".

 Levou - nos  à pesquisa e entrevistas  com antigos moradores do bairro.

 

Após esta compilação a equipe moveu-se para  elaboração de desenhos e planificação de maquete com representação artística cartográfica dos bairros selecionado, da Bacia do rio belém. Nele está representado o conceito  pertinentes a Intervenção Urbana proposta no Projeto.

Usou- se como referência o trabalho artístico de Franz Ackermann

 

A maquete formada em 2 camadas  incorporou várias técnicas referidas no Memorial Descritivo.

Outras representações em vídeos estão disponibilizadas  na página Making Of 


Background









Layer


 







Ícones




Mapas Finalizados 

 





quinta-feira, 4 de março de 2021

A Equipe

Elisabeth Castro

Evely  Fonseca

Fabíola Paterno

Artes Visuais - FAP - UNESPAR

Curitiba - Paraná

1º Ano - 2021


Feedback por Fabíola Paterno




Media Art



Artemídia ou mídia audio-visual representando a intervenção "Rio da Meada", proposta para o percurso do Rio Juvevê, nos bairros Ahú, Alto da Gloria, Cabral,  Centro Cívico e Juvevê, 

O marco central está  localizado na calçada e na estação tubo da rua João Gualberto entre Moisés Marcondes e Manuel Eufrásio.

Neste local, em junho de 2011,  uma cratera com 25   metros de extensão e 6 metros de profundidade se abriu, paralela ao curso do subterrâneo  rio Juvevê.

Constam na mídia imagens representativas do staf, conceito, pesquisa, elaboração  manual usando técnicas diversas,  pequenas filmagens, assim como entrevistas com moradores da região.  

Esta versão final editada, e os filmes originais estão registrados na plataforma  You Tube, canal Rio da Meada.


Mídia de Apresentação do Projeto Rio da Meada  elaborado pelas alunas Elisabeth Castro, Evely Fonseca e Fabíola Paterno.

 Obs: As entrevistas neste vídeo foram realizadas antes do lockdown decretado em março/2021 por iniciativa da aluna Elisabeth Castro, apesar das recomendações da entidade de ensino-UNESPAR- para que os alunos fizessem suas pesquisas online. 

Para a realização da entrevista a aluna estava protegida com máscara e faceshield, observando rigorosamente a distância preconizada pelos órgãos de saúde. Houve respeito quanto a postura dos entrevistados, em relação aos procedimentos de higiene e precaução, considerando que estavam em restaurante, residência ou comércio próprios.


Rio da Meada - Conceito


Somos cidadãs da arte, que transitam constantemente em pequenos bairros da Zona Central e Norte da cidade - Centro Cívico, Alto da Glória, Ahú , Cabral e Juvevê. 

No cotidiano caminhamos e tecemos uma trama através dos nossos passos. Aguçamos a percepção e os sentidos caminhando sobre rios que persistem abaixo, e fluem invisíveis acima . 

Rio da Meada, fio no tear, é uma proposta para espiarmos através de janelas a correnteza escura e sombria , ouvirmos murmúrios, extrapolando a fronteira do visível, na cidade que nos conquista...através das memórias, das histórias, da beleza palpável ou intangível. 

Abaixo de nós, nas tubulações, fluem águas outrora vívidas. Ao redor paredões concretados substituem vegetação nativa. Entretanto coloridos peixinhos, pássaros e flores ainda vibram, nos mosaicos, nas pinturas, muros, praças, parques e museus. 

Pequenos respiros que rompem o cimento, ou trechos descobertos, tornam-se janelas destes rios, por onde espiamos e somos espiados; o subterrâneo em constante e imperceptível ligação com a superfície. 

Sobre estes caminhos antigos constroem-se novas memórias, enquanto arte aflora por todos os cantos, quando nos permitimos ver. 

Beleza existe, repaginada, em constante metamorfose, e Curitiba cativa, sobre rios subterrâneos, ou fluidos caminhos urbanos na superfície


Elisabeth Castro 
Evely Fonseca 
Fabíola Paterno
 

Imagem: Street Art de Marcelo Diamant 

 

SE FLUI

se flui não volta.

volta, reflui,

flui.

 não volta?

se flui volta.

memória  aflui, 

atravessa.

resgata, se flui.

rio eu espio, tu espias.

a janela me permite.
 
 
O Rio de Marisa Monte
 
 
 

Rio da Meada - Intervenção

 

Vertente de Arte Urbana é uma das considerações sobre o que define uma Intervenção. 

Promover, interferir, transformar, encantar, registrar, impactar, resgatar, atrair, instigar, surpreender... seja qual for o seu propósito, a céu aberto ou no interior de um edifício, ela utiliza planos físicos, intelectuais e sensoriais para causar uma reação.

A linha delineada na calçada, que se alarga em mosaico colorido, invade o tubo do ligeirinho ao som do murmúrio das águas. Esta linha prossegue e  reflui  para sua origem, resgate da memória, e provocação à curiosidade.

De onde vem esta  correnteza, força  que nos impulsiona,  assim colorida, que atravessa dutos, sobe desce, murmura e serpenteia?

Outrora a cidade tinha outro aspecto. Rios navegáveis, que permitiam barcos de passeio e ofereciam água potável. Córregos onde crianças se divertiam com peixinhos coloridos.

Entretanto a região central era circundada por charcos, áreas pantanosas e malcheirosas que poderiam abrigar micróbios, suspeitas até de concentrar cólera e tifo.

Mudamos a paisagem, drenamos águas, aprisionamos (e poluímos) rios desde os idos do século XIX. 

Apesar da mata original ter cedido espaço ao concreto, ainda existe beleza sobre eles. 

Arte nas ruas, praças, muros, e museus,  que se espalham ao redor dos seus antigos leitos. Rios invisíveis nos caminhos que conduzem para lá, para cá...

Rio da Meada é um pequeno resgate, de cursos d'água, da região Norte, que se dirigem ao Rio Belém.

Estruturado através da memória dos antigos moradores dos  bairros Ahú, Juvevê, Cabral, Alto da  Gloria, e Centro Cívico, que vivenciaram  nascentes e percursos destes fluxos de água.

Desvenda através do olhar de três mulheres, que vivem, estudam e transitam pelo bairro, as inúmeras expressões artísticas mantendo a beleza da cidade repaginada.

Existem  janelas nas partes descobertas destes córregos e rios, sejam pequenos trechos  a céu aberto, ou respiros.  Aberturas que conectam  superfície e subterrâneo permitindo espiar o rio submerso, tanto quanto ele nos espia, talvez enciumado do colorido que há na superfície...

Memorial Descritivo

A representação desta intervenção, Rio da Meada, foi  pensado a princípio,  sobre  técnicas de assemblagem e arte têxtil, usando predominantemente fios e cordões.

Inicialmente seria tela tridimensional onde mapa cartográfico representaria  cursos d'água subterrâneos e a superfície logo acima, onde navegamos no cotidiano, ao largo de vários ícones artísticos/históricos/Culturais.

Na evolução tal tela se  transformou em maquete, dividida em background  (base)  com o traçado de percursos subterrâneos e visualização de antiga vegetação nativa, e layer (camada trannsparente) adicionando sobre a superfície a instalação da  Intervenção Urbana, assim como ícones representativos de pontos de valor artístico, cultural ou histórico que posteriormente seriam marcados com mobiliário urbano.

A camada inferior foi construida em tela canvas com  textura de círculos irregulares em barbante e fio macramê. Posteriormente esta textura foi pintada com tinta acrílica em cores  análogas as da vegetação nativa, e dos antigos cursos de rios. Resgate da memória.

 Sobrepondo-se ao 'background' obteve-se  transparência da layer  através do acetato, que recebe colagem em fios, e pequenos ícones geométricos com reproduções fotográficas dos locais  artísticos/culturais espalhados nos bairros contemplados no estudo - Ahú, Alto da Glória, Cabral, Centro Cívico e Juvevê.   

Tênue linha  em fio de nylon delimita quadros no acetato em alusão a 'Regra dos Terços" da composição de imagens.

Representando a "Linha do Rio"  na calçada, evocamos o trajeto do rio Juvevê , e um dos seus afluentes, ora subterrâneo, ora na superfície. 

Botons com as fotos das participantes do Projeto, e da Universidade a qual se destina, também estão colocados  nas suas respectivas localizações residenciais sobre o mapa cartográfico.

Na Avenida João Gualberto, entre as ruas Moisés Marcondes e Manuel Eufrasio há um marco da trajetória do rio constituindo ponto focal da Intervenção Urbana, sobre a calçada, interrompendo a 'linha do rio' neste momento, que prosseguirá dentro do   tubo do ligeirinho.

Mosaico de pedras coloridas  reproduz as formas ondulantes da água como se projetassem seu curso para dentro do tubo ligeirinho através de uma rede de pesca, colocada numa das extremidades.

Esta rede que carrega figuras simbólicas em crochê ,como os peixinhos coloridos presentes na memória dos moradores, permite a passagem dos fios ( linha do rio)  para o interior do tubo Moisés Marcondes (ligeirinho), saindo na outra extremidade e perfurando a calçada  ao voltar para o rio.

Tal figura metafórica aponta o tubo como uma das janelas entre estes dois paralelos, subterrâneo e superfície,que nos permite espiar o rio tanto quanto somos espiados. As janelas simbólicas se equiparam as verdadeiras, respiros e trechos a céu aberto.

Som ambiente dentro do tubo  relembra o murmúrio das águas promovendo o conforto inerente ao contato com  ruídos da Natureza .

As duas camadas do mapa cartográfico estão suportadas por uma caixa de papelão feita para suas medidas.

Para a construção do Portifólio deste projeto usou-se o registro em plataforma virtual utilizando técnicas de  colagem digital, fotos, vídeos, textos explicativos, poemas, caixas de links, e registros musicais.

Para o plano de fundo  destes apontamentos foram feitas aquarelas, manualmente,   representando correntezas e fluidez das águas, nos tons da paleta do projeto. 

Imagens do transcorrer deste  processo, na linha de tempo de 30 dias,  está registrado nas página "Making of" e Mapa Artístico - Makibg Off  do blog Rio da Meada.

                                                            www.riodameada.blogspot.com